Nos dois museus, os alunos não foram apenas observadores passivos; eles participaram ativamente de atividades práticas e desafios investigativos criados de forma interdisciplinar pelos professores. Seja decifrando documentos históricos no Museu da Imigração ou analisando obras de arte e relíquias no Museu do Ipiranga, essas experiências empoderaram os estudantes a assumir um papel ativo em sua própria aprendizagem, uma habilidade que os beneficiará ao longo de suas jornadas acadêmicas e profissionais.

No Museu do Ipiranga, os alunos do Teens 8 percorreram os corredores de um edifício histórico que se mantém como um monumento à independência do Brasil. Ver de perto o local onde Dom Pedro I fez sua icônica proclamação em 1822 cria uma conexão profunda com a história nacional. As exposições, repletas de artefatos da época, pinturas e narrativas, transformam a história de algo distante em uma história viva e pulsante. De forma integrada, as disciplinas de Artes Visuais e História se complementaram neste projeto, criando um emaranhado de conhecimentos e habilidades que tomaram forma e ganharam vida. Ao convidarmos os alunos a interpretar obras de arte, como na pintura “Independência ou morte!” de Pedro Américo de Figueiredo e Melo (1888), e fazer conexões com personagens retratados, a escolha do cenário retratado, feições e o momento histórico retratado, os alunos exercitam habilidades de observação, comparação e síntese, aliadas ao conteúdo.

Da mesma forma, no Museu da Imigração, os alunos do Teens 9 se envolveram com as realidades da migração, um tema que não é apenas historicamente significativo, mas também altamente relevante nos dias de hoje. Ao explorar os desafios e as conquistas daqueles que chegaram ao Brasil em busca de um futuro melhor, os estudantes desenvolveram um maior senso de empatia, consciência cultural e pensamento crítico—habilidades essenciais em um mundo cada vez mais globalizado. O projeto desenvolvido pelas disciplinas de Geografia, Língua Portuguesa e Inglês, oportunizou a discussão de inúmeras questões que envolvem a temática migratória, contribuindo na formação de uma consciência crítica por parte dos alunos e mais ainda, na construção da cidadania, tolerância e alteridade. Movimentos migratórios ocorrem constantemente; quer seja pela ação do migrante que deixa seu país de origem, prestes a se tornar um “imigrante” aos olhos dos cidadãos nacionais; quer seja pela ação do trabalhador e do estudante que deixam sua cidade, todos os dias pela manhã, a fim de trabalhar e estudar. A temática da migração emerge em nossas vidas, pelos noticiários marcados por manchetes que retratam os inúmeros refugiados sírios, palestinos e judeus que lutam por cruzar as fronteiras de diferentes países; aflora ainda em nosso cotidiano social, econômico e cultural.
Embora o aprendizado tradicional em sala de aula seja fundamental, as saídas pedagógicas oferecem benefícios únicos que enriquecem o desenvolvimento acadêmico e pessoal dos alunos, imergindo-os em contextos reais. As recentes visitas ao Museu da Imigração e ao Museu do Ipiranga são exemplos de como essas experiências proporcionam uma conexão mais profunda e significativa com a história, a sociedade e a cultura.